sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ser livre e conduzido pelo amor


Ao escrever que (Deus há de ser amado), São Bernardo nos lança justamente um questionamento muito profundo, o amor a si e o amor a Deus. Coloca-nos numa perspectiva de que a caridade é a chave de libertação do ser humano de forma integral.

O santo nos apresenta que muitas vezes buscamos um amor (de nós mesmos – narcísico), e não o amor por ele mesmo, deixando transparecer que a condição humana busca confiar em si mesma (busca o que é bom para si), quando deveria confiar em Deus, especificamente na pessoa do Filho que é caridade revelada.

Quando o ser humano é movido por esta caridade proveniente de Deus, as almas se convertem, tornam-se livres para fazer o bem. A caridade (o amor) é tão grandiosa que não guarda nada de si, é doação sempre. Deus vive uma Lei, e esta é a caridade, de substância divina, porque dEle provém, e é eterna, e por meio dela é que o universo foi criado.

O ser humano se torna escravo a medida que vive apenas por sua própria lei, e esta o leva a viver apenas para si (egoísmo) e não para o outro (altruísmo).

Santo Agostinho em seu livro De civitate Dei descreve: “Dois amores fundaram duas cidades, a saber, o amor próprio levado ao desprezo de Deus, a terrena; o amor de Deus levado ao desprezo de si próprio, a celestial. Uma gloria-se em si mesma, a outra em Deus. Aquela busca a glória dos homens, e esta tem por máxima glória de Deus, testemunha de sua consciência”.

Portanto, cabe-nos pensar que o ser humano conduzido pela Lei de Deus é capaz de tornar-se bom e também a humanidade, uma bondade de não provém justamente de si, mas de Deus, e quando fecha-se em si mesmo, negando o amor de Deus, torna-se árido, sem vida, contribuindo para que o mal se levante mediante a carência do bem que do amor procede.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode expressar aqui sua opinião sobre o post. Logo em seguida, ele será enviado para aprovação. Agradeço a visita!