Em um mundo tão
agitado, movido pelo imediatismo, nem sempre encontramos um tempo
para pensarmos sobre a nossa vida. São os afazeres, os compromissos,
as obrigações do cotidiano, que acabamos nos esquecendo de nós
mesmos, parece que estamos mais em torno de nossas ações do que de
nosso próprio ser.
Em muitos momentos é
preciso parar. Desacelerar esse processo no qual estamos inseridos e
perceber as pequenas coisas que nos são essenciais e que pela
agitação não conseguimos vislumbrar. É preciso ouvir a voz do
coração, e adentrar a uma nova ambiência, a da fé e da
espiritualidade.
Por meio da fé o ser
humano encontra uma nova forma de ler o mundo, cria uma boa relação
com Deus, com o próximo e com a natureza. A espiritualidade permite
tais pontes, ver a presença de Deus junto a nós, e perceber-nos
como pessoa, como Filho/a amado/a de Deus.
Jesus ao longo de seu
período histórico despertava naqueles que vinham até ele essa
necessidade da espiritualidade, de comunhão com o Pai. No diálogo
com a samaritana, ele diz: “Vem a hora, e é agora, na qual os
verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e verdade; tais
são, com efeito, os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23-24).
Certamente Deus deseja
isso para nós, que sejamos adoradores em espírito e em verdade. Que
O reconheçamos como aquele que em seu infinito amor deseja sempre a
nossa salvação, e ao mesmo tempo que olhemos sua obra criada, da
qual fazemos parte, e mais ainda, que somos chamados a sermos
responsáveis por ela. Essa é uma das melhores formas de se adorar,
reconhecer que o Pai enviou seu Filho Jesus Cristo para nos comunicar
seu amor, e que derramou seu Espírito para que caminhássemos na Sua
verdade.
Portanto, a experiência
com Deus, conduz-nos a nós mesmos, abre-nos a novos horizontes.
Além disso, fortalece-nos e ilumina-nos; ajuda-nos a
peneirar aquilo que é bom e aquilo que não é, otimizando em nós
não só o nosso pensar, mas também o nosso agir. Creia, o impossível
Ele pode realizar, mas deixe-se moldar por Ele!