sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Embusca de si mesmo


Santa Teresa em seu livro Castelo Interior, faz a analogia que nossa alma é um castelo e esta possui muitos aposentos e moradas.

O universo interior, que é a nossa alma, muita vezes é por nós abandonado, e para adentrá-lo necessário nos é a oração, porta de entrada do castelo. Por vezes, nossa inteligência se acha capaz de compreender a Deus, quando não é. Santo Agostinho certa vez escreveu “se Deus fosse possível de ser compreendido deixaria de ser Deus”, pois caberia em nossa simples razão. Não nos esqueçamos de que há uma grande diferença em o Criador e a criatura, pela bondade de Deus fomos criados a sua imagem, e é a partir daí que nós tentamos dizer o indizível.

Sobre as riquezas existentes na alma pouco sabemos, dentro deste castelo interior ocorrem coisas secretas entre Deus e a alma. Para que possamos experienciar as provas do amor de Deus, a nós oferecidas, se faz necessário a fé (crer). Santo Agostinho em suas confissões nos relata: “Tu estavas dentro de mim, e eu Te procurava fora, onde me precipitava sobre as belas coisas da terra, tuas obras”. Assim, é possível dizer que existem maneiras diferentes de estar num mesmo lugar, há almas que estão distantes (em coisas exteriores), mas lembremos que a entrada para o castelo interior é a oração e meditação de maneira reflexiva.

Em vista disso, aproximemo-nos de nós mesmos, da alma, é lá se dará o ponto de encontro (Deus e o ser humano), é neste relacionar que o ser humano se descobre enquanto pessoa no mundo, caso contrário perde-se-ia a identidade, fazendo com que a vida fosse simplesmente uma caminhada sem sentido e significado.

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